A BIBLIOTECA ESCOLAR E A FEIRA DE CIÊNCIAS
As Feiras de Ciências ou Mostra de Ciências são bastante comuns nas escolas de ensino fundamental, principalmente nas séries iniciais. Cada adulto que passou por uma escola, provavelmente, se lembrará de algum evento desse gênero na infância ou adolescência.
Nesse contexto, também, não será difícil encontrar muitos adultos que se recordem das experiências que realizaram junto com sua turma ou, ainda, do assunto que lhe coube na apresentação para os visitantes.
Talvez sejam raros os que se lembrem da participação da biblioteca nesse evento. Muitos se recordarão dos equipamentos, das roupas, dos crachás e de vários aparatos empilhados na biblioteca antes ou depois da Feira de Ciências.
Muitas gerações têm saído de nossas escolas com a idéia de que nessas Feiras, cuja principal característica é a busca de comprovações científicas, a única forma de participação da biblioteca é ser depósito para os objetos, painéis, entre outros, que serão utilizados no evento. Nefasto processo de aprendizagem.
De tudo isso, pelo menos dois aspectos podem ser perscrutados: a concepção distorcida de conhecimento científico e de biblioteca escolar. No primeiro aspecto, há uma forte evidência da ignorância escolar acerca do processo da pesquisa científica, ou seja, de que para se chegar aos experimentos não é necessário haver estudos, busca de referências bibliográficas que fundamentem o que se quer comprovar ou demonstrar. Portanto, na escola, ainda que se pesquise antecipadamente para realizar a Feira de Ciências,
A Feira de Ciências antes de se tornar o evento aberto ao público é, ou deveria ser, essencialmente um espaço para incentivar a pesquisa científica, de envolver a criança e o adolescente a indagar e a buscar respostas para questões que a Ciência já resolveu e que ainda terá que resolver. Desse modo, a Feira de Ciências torna-se uma ótima oportunidade para aproximar a criança e o adolescente da biblioteca da escola.
Planejar uma Feira de Ciências requer da escola estratégias para a utilização da biblioteca, principalmente, no processo de pesquisa visando a fundamentar os experimentos do evento, bem como a participação desse espaço no dia da feira. Essa estratégia educativa é fundamental para que os alunos vão, pouco a pouco, compreendendo a pesquisa e reconhecendo os objetos a quem ele pode recorrer (livros, CD-ROM, internet, etc.), além de reafirmar a importância da biblioteca nesse processo.
Na data prevista para a Feira é necessário que
Por outro lado, ainda é possível, para o evento, expor o acervo de teor científico (livros, enciclopédias) que nem sempre são muito manuseados a respeito ou não dos temas tratados na Feira. É uma boa oportunidade para destacar revistas, gibis, cds, dvds que
Em relação aos livros de literatura infanto-juvenil, durante o evento, é possível selecionar alguns volumes/coleções para exposição de modo a aguçar o interesse dos futuros leitores.
A Hora do Conto pode ser uma das atividades da Feira de Ciências, por exemplo, pode-se adaptar a história do fogo, a história de um animal ou a história da própria Ciência, etc., para apresentar aos visitantes. E o contador pode ser o professor, o bibliotecário e/ou os alunos.
Enfim, é primordial que