BIBLIOTECA PELO AVESSO


  • Quem nunca imaginou um outro final para uma história contada num livro, ou situações vividas em certos lugares e diálogos diferentes para as personagens? Inventadas ou reveladas, aqui as bibliotecas serão descobertas pelo avesso, de dentro das obras literárias.


A BIBLIOTHECA-SERPENTÁRIO DA GRANDE FAZENDA

Guia para releitura – proposta do autor

Este texto poderá ser lido conforme apontado abaixo ou de forma independente, por seções. Uma outra possibilidade poderá ser criada pelo leitor.

5. Desfecho ou Preâmbulo. 1. Sobre o prédio (vista externa). 1.1 Prédio (parte interna). Sobre ornamentos no saguão de entrada; 2. Bibliothecae - o primeiro bibliotecário. 1.1 Placa expositiva com informações (Saguão). 1.2. Planta arquitetônica (Saguão). 1.3 Sobre um catálogo peculiar (Saguão). 3. Corredores do prédio. Sobre as duas alas do prédio. 1.4 Placa informativa: o porão. 1.4.1 A coleção fundadora. 1.4.2 Sobre obras selecionadas para memorabília. 2.1 ou 1.4.2 Bibliothecae. Sobre uma bibliotecária do porão. 1.4.3 Sobre o acesso ao porão. 3.1 Sobre o corredor da direita. 3.1 Sobre os intervalos entre as portas e salas do corredor. 3.2 Sobre uma árvore filogenética no corredor, lado oposto. 3. Sobre tijolos inflamáveis. 2.2 Bibliothecae ou 3.3 Sobre uma bibliotecária no corredor - Crotalus durissus terrificus. 3.4 Sobre o diálogo presente-passado. 4. Um visitante antropomorfo. *** Subseções prescindíveis. 3.5 ou 1.1 Sobre divindades projetadas nas paredes. 1.1 Sobre o Prédio. 1.2.1 Sobre os Pesquisadores.

5

Há quem morra ou quem sobreviva à picada e reestabeleça sua vitalidade, mas há um fato: mesmo com o soro aplicado a tempo, será impossível sair ileso da BIBLIOTHECA da Grande Fazenda.

1

Situada numa parte elevada da grande fazenda, a biblioteca apresenta aspectos constitutivos que reúnem e articulam elementos da tradição clássica às vanguardas da época em que fora arquitetada. Em sua composição geométrica provoca um entrecruzamento de retas, ângulos, dobras e esferas que conferem ao prédio uma singularidade notória e harmonizada com a paisagem. Por isso, e somente por isso, sua presença causaria a qualquer visitante uma intrigante sensação de fascínio e estupor.

1.1

Na parte interna do prédio, no saguão de entrada e de acesso às alas principais do edifício, ornamentos em sua fachada requerem atenção especial. Postas lado a lado, pinturas murais que circundam o vestíbulo inteiro mostram uma série de Serpentes, divindades mitológicas e símbolos da flora brasileira inscritas no rodateto. As divindades homenageadas representam ícones e mitos da Ciência e das Artes do Ocidente e do Oriente; a Flora, plantas e ervas medicinais do país. Contudo, são as imagens das Serpentes, transpostas de ilustrações científicas realizadas no início do século passado que causam impressões estéticas paralisantes.

Os traços são tão precisos que quaisquer máquinas fotográficas de nossa era não produziriam com tamanha perfeição e verossimilhança as figuras em destaque. O efeito presente nos detalhes certamente desapareceria nos pixels digitais ou granulações obtidas dos processos fotográficos realizados de forma analógica. Há nisto a superação da tecnologia atual pela técnica precedente (?): o pincel, manuseado com precisão e destreza, delineara minuciosamente a musculatura, diferenciara as escamas dorsais das ventrais, ressaltara as mandíbulas e as presas das espécies em destaque. Qualquer tentativa de reprodutibilidade do artefato seria impossível pois cada desenho é único sobre sua base de fixação.

2 Bibliothecae - o primeiro bibliotecário

Perguntei a um bibliotecário próximo se ele poderia ler livros durante seu expediente de trabalho. Incomodado, respondeu que tinha ordens expressas de que não poderia jamais realizar o ato devido às demandas exigidas pelo cargo. Disse-me que era preciso inventariar e catalogar uma centena de livros do acervo por dia e classificá-los nos assuntos específicos daquela instituição. Além disso, abastecer o repositório digital com artigos produzidos pelos doutores-pesquisadores-caras-de-rã e assessorá-los, assim como os aprendizes com caras-de-sapo locais [Ver 1.2.1 da subseção prescindível, após o texto]. Realizaria treinamentos com expertises para busca e recuperação precisa de artigos técnico-científicos e outras produções referenciais estocadas e disponíveis em diferentes diretórios e sites hospedeiros (os bancos e bases de dados) para consecução de seus estudos.

Após regurgitar, prosseguiu. Disse-me que realizaria formatação dos papers dos documentos dos autores segundo normas padronizadas e adotadas internacionalmente, além de checar, regularizar e assegurar patentes e direitos de copyright relacionados a estas produções. Tudo isto para conferir garantias de confiabilidade e reconhecimento pelos pares científicos, além de prover com rapidez os processos interoperacionais para disseminação dos resultados obtidos na instituição de pesquisa. Com uma voz roufenha, disse-me também que comunicaria um supervisor de serviços, que regularmente acompanha e verifica a competência de cada um da equipe num sistema de controle interno de ações profissionais realizadas por dia e hora, a cada minuto.

Entre poucos silêncios e pausas, pareceu-me que haviam cessado suas palavras quando, ao primeiro sinal de minha desatenção, uma voz baixa, decidida, entre gutural e melodiosa, soou como inoculada diretamente em meus pensamentos: “cuidado, à estrutura não agradam os que avançam para além do permitido”.

Em síntese, o bibliotecário parecia ultrajado com o questionamento inicial e temeroso com a avaliação. Também parecia ter uma compreensão parcial e um tanto reduzida com relação à produção da Ciência, ficando restrito a cumprir normas e esquemas de que se tornara responsável (ou refém). Sem antever os resultados práticos de sua atuação, e da instituição como um todo, não se percebia partícipe do processo. Permaneceu acolhido na sua própria temeridade.

Esta síntese foi o primeiro relato que recolhi durante a visita...  técnica.

1.1

No saguão do prédio uma placa expositiva indica que a biblioteca ocupava uma pequena sala situada no piso superior. Com o passar do tempo e com o crescimento desordenado do acervo a biblioteca passou a ocupar outros ambientes e a estender sua coleção por diferentes prateleiras instaladas nas galerias e colunas do edifício.

1.2

Uma planta arquitetônica, anexa em uma parede próxima da escadaria que dá acesso ao piso superior, e uma maquete táctil do edifício, permitem ao visitante vislumbrar ainda melhor a dimensão do prédio, sua extensão atual, a ocupação espacial no terreno da fazenda e, portanto, reconhecer toda sua composição simétrica.

1.3

No saguão o catálogo de fichas locais do acervo, que mais se assemelha a um gabinete de curiosidades, possui aspectos muito peculiares. Em cada gaveta é possível uma experiência táctil especial, como, por exemplo: tocar peles curtidas de diferentes serpentes que serão utilizadas em futuras encadernações de livros.

Noutra gaveta é possível destacar uma ficha catalográfica do conjunto ao qual pertence e notar que ela possui um fio, semelhante uma teia produzida pelas fiandeiras de uma aranha, que a mantém presa às demais no estojo. A extensão e a espessura de cada teia que prende a ficha variam conforme a espécie que a produziu. Às vezes a presença de um aracnídeo no fio acompanha a experiência chegando a tocar nos dedos de quem puxa a ficha.

Dioramas contidos em algumas gavetas que não possuem mecanismos que permitam sua abertura, contém réplicas de obras raras do acervo, em miniatura, e tantas outras preciosidades que escassearam e tornaram-se souvenires para ambiciosos colecionadores.

Outras gavetas, ainda, quando abertas, projetam para fora e para o alto uma porção de páginas soltas que voam pelo ambiente feito papel picado. Causam um pequeno susto e, certamente, causarão divertimento aos demais visitantes.

As páginas dali sopradas contêm ilustrações de algumas obras do acervo: páginas específicas indicando detalhes como Ex Libris, assinaturas e dedicatórias, ilustrações, marcas de carimbos de diferentes épocas e dados inventariados que conferem a cada exemplar uma história particular.

3

Do saguão, propositadamente, dois corredores com lados opostos parecem convidar o visitante para experiências distintas. O corredor da direita do prédio conduz o visitante para uma ala destinada à “cura da alma”. Ali estão contidas peças dos acervos bibliográficos, tanto de uso corrente quanto da coleção especial, que podem ser consultados e manuseados detidamente. O corredor da ala esquerda possui laboratórios destinados à realização de pesquisas científicas sobre os males causados pelo contato com as obras contidas no corredor oposto e, portanto, aprimoramento das soluções medicinais para os antígenos. A escolha por um ou outro corredor define, momentaneamente, um espectro da fruição que ali possa ser vivida.

1.4

Um outro aspecto do prédio é explicado em outra placa informativa instalada no vestíbulo: o porão mantém à vista toda a estrutura arquitetônica do edifício e possui obras, volumes, edições bibliográficas intocadas pelo público.

1.4.1

Parte da coleção fundadora, hoje, divide-se em centenas de estantes esquecidas num incalculável número de prateleiras ajustadas às paredes de sustentação do prédio e que abrigam palimpsestos, códices, obras especiais e raras, além de toda uma série de revistas temáticas e institucionais reunidas através dos anos e que versam sobre herpetologia, toxinologia, ophidismo – grafia que remete à época de sua produção.

Estas classes maiores de assuntos da coleção estão representadas nas paredes deste corredor de forma adesivada, grafadas e explicadas da seguinte forma:

HERPETOLOGIA (Her.pe.to.lo.gia). S.f. 1. Ramo da ciência que estuda toxinas e venenos produzidos por espécies de animais: anfíbios e répteis. 2. Os estudos permitem o combate às doenças desencadeadas pelo ataque destes animais.

TOXINOLOGIA (To.xi.no.lo.gia). 1. Estudo das toxinas originadas de plantas, microorganismos (bactérias, fungos) e animais peçonhentos (serpentes, aranhas, escorpiões, abelhas, vespas e lagartas).

OPHIDISMO (O.phi.dis.mo) S.m. 1. Estudo do veneno das serpentes, do conjunto de seus efeitos e da intoxicação causados.

Uma improvável coleção em oito tomos in-folio sobre esteganografia completa o acervo.

A placa informativa indica que as obras do subsolo sobreviveram uma incineração. A recolha e análise de uma ou outra relíquia pertencente ao conjunto atual poderá ter modificado seu destino, caso possua valor histórico para culto.

1.4.2

As obras selecionadas são postas dentro de uma espécie de caixa atrelada a um elevador, cuja engrenagem embutida numa das colunas do prédio as encaminham para um setor específico de restauração em um dos dois pavimentos superiores. Cada documento, por assim dizer, se tornará objeto expositivo dentro de uma memorabília após o processo de restauração, dedicado à visitação pública no piso térreo. Além disso, poderá se tornar objeto de pesquisas específicas para estudiosos que se ocupam dos objetos semióforos.

2.1 ou 1.4.2

No universo subterrâneo da biblioteca habita e percorre os corredores do acervo uma bibliotecária que possui visão privilegiada, pois mesmo em um ambiente pouco iluminado, consegue enxergar com precisão marcas identitárias que singularizam obras do conjunto. Seu corpo esguio a permite se locomover por dentre as estantes e prateleiras de forma rápida e decisiva.

1.4.3

Infelizmente, os compartimentos do subsolo do prédio acolhem apenas visitas autorizadas para conhecimento da coleção oculta.

3.1

Conforme se avança pela extensão da ala direita do prédio da biblioteca a visão fica ofusca e causa paulatinamente ausência de nitidez sobre as informações inscritas nos quadros expositivos anexados às paredes. Uma espécie de penumbra toma o ambiente como um todo conforme se avança e, de maneira inexplicável, o corredor recolhe-se e parece dobrar-se numa combinação de movimentos sinuosos, uniformes e contínuos. Quanto mais se caminha para frente, mais se ampliam a largura e o comprimento. O mesmo ocorre se voltarmos os passos para trás. A distância da primeira porta de acesso parece distante e resta apenas prosseguir com a visita.

3.1

Há enormes intervalos entre as portas de acesso às salas com estantes e livros desta ala do prédio. Estas salas parecem fechadas, mas é possível observar pelas frestas que, por dentro, apresentam fotografias P&B aumentadas e anexas às paredes. Em algumas há recortes de notícias de jornais antigos colados como lambe-lambe que parecem sinalizar um acompanhamento das narrativas sobre o prédio durante o século. Todas as sinalizações indicam usos antigos dos espaços.

3.2

No lado oposto, numa parede da mesma ala, há uma grande figura exposta numa parede de maior extensão: uma árvore filogenética cujos ramos sinuosos projetam termos em latim – as taxonomias – que apresentam relações evolutivas das espécies: nome científico-classe-ordem-família.

Todas as categorias de gênero-espécie mencionadas perdem-se na altura conforme avançam para cima, exponencialmente e indefinidamente. Do mesmo modo, no sentido contrário, segue progressiva, longilínea e enraizada na profundeza do prédio, feito Trompe-l'oeil. Perde-se de vista tanto uma quanto a outra ponta da imagem. Olhar para cima ou para baixo e depois adiante causa vertigem e náusea. Parece inoculação de bebida em excesso, faz a boca secar, causa calafrio.

3

Os tijolos expostos nos corredores revelam serem feitos de basalto. Foram numerados e nomeados pelos que trabalharam na sua construção e na realidade parecem causar mais ferimentos à textura do revestimento das paredes do que efetivamente comunicarem conteúdos, porém, alguns, observados de perto, em grafia menor, indicam pedidos de socorro. Alguns parecem chamuscados e, quando tocados, inflamam em brasas comedidas.

2.2 Bibliothecae ou 3.3

Uma bibliotecária surge de modo sorrateiro após uma dobra que liga o primeiro corredor a outro da mesma ala. Surpreso com sua presença inesperada perguntei sobre aquele setor em específico. Disse-me que ali se alocam os equipamentos especiais para visitantes curiosos. Fiquei intrigado com a explicação, porém, me reservei a observá-la e escutá-la enquanto prosseguia com sua fala guizalhada. Aqui, por exemplo, alocamos espécies in vivo, disse. Noutros locais da fazenda, por exemplo, existem experimentação in situ (habitat natural) e in vitro (com estudos artificiais), prosseguiu. Aqui, no caso, permanecem em estado de vigília, sem dormirem ou acordarem plenamente.

Estas espécies nos fornecem dados precisos sobre a regulação e a climatização do ambiente, sobre a alteração da temperatura ou sobre a umidade relativa do ar. Aqui dispensamos equipamentos como termômetro ou higrômetro. Além disso, elas fornecem dados sobre níveis de líquidos dispensados a cada picada, dos quais pesquisamos os efeitos causados. Assim preservamos a coleção, como também realizamos a coleta e expressão de componentes para análise, concluiu.

Encantado e ao mesmo tempo intrigado, olhei para dentro daquela sala e notei sem muita convicção o que seriam realmente os objetos que a caracterizavam: máquinas de vácuo e refrigeradores, gabinetes com tubos de ensaio e cultivo de células vivas, espécies diversas suspensas, mergulhadas em frascos lacrados e dentro de repositórios transparentes. Por fim, uma série de livros encadernados com peles de serpentes! 

Ao retornar o olhar para a bibliotecária, notei que Crotalus durissus terrificus havia desaparecido.

3.4

Enquanto continuava a caminhada pelo corredor, que seguia daquela ala do prédio, percebia novos termos escritos à meia altura das paredes entre-portas: línguas mortas (?), traduções (?). O formato, aparentemente remetia a verbetes tais como aqueles anteriores, como num dicionário ou num glossário, mas agora, sustentados por um totem e projetados na tela de um tablete interativo! O passado e o presente, o remoto e o dinâmico parecem o tempo todo permear a mostra expositiva.

4

Parado, não pude compreender as notas inscritas, estavam ininteligíveis. Em frente da tela enxergava sombras e algoritmos não-binários. A sensação térmica diminuiu e um odor petricor sobressaía ao cheiro de livro velho. Minha língua se confundia e parecia enrolar-se dormente dentro da boca conforme avançava a leitura das linhas e das colunas sem naturalmente decodificá-las. O texto ficara espiralado e retorcia enquanto as letras adotavam um movimento contínuo, cíclico sobre seu eixo e autonomizadas da grafia original.

Perdi levemente a orientação, mas prossegui cambaleante, antropomórfico, caindo de sono, exausto, com a língua para fora da boca... me percebi rastejante pelo corredor para concluir o circuito.

Percebi à frente o serpentário. Senti uma algidez hibernal caracterizando toda a atmosfera do ambiente e regozijei, recobrei forças, subi numa prateleira e me recolhi por detrás de uns livros sem etiquetas. Ouvia sibilos e parecíamos ler os mesmos versos, feito leitura sacra do medievo.

Ode às cobras.

Subseções prescindíveis

3.5/ 1.1

Em certa hora do dia, a luz solar incide sobre as gelosias das amplas janelas do edifício que, espalhadas por toda a extensão dos corredores do prédio revelam diferentes desenhos. Os emblemas, fragmentados no centro da projeção, observados comparativamente e em complementariedade, formam as figuras de uma Hidra, de Ápofis, de Ouroboros, das três Górgonas gregas, de Asimanena, lenda persa, de Meretseguer, uma deusa-serpente egípcia, e de BAPHOMET. Todas estas figuras mitológicas estão ausentes do panteão do saguão da entrada e não há ainda uma hipótese clara do porquê.

1.1

Na construção do edifício foram instaladas portas e janelas importadas feitas em pinho-de-riga. As paredes foram feitas com acabamento em mármores-de-Carraras e, no piso do saguão, especificamente, ladrilhos hidráulicos portugueses com mosaicos compostos por escamas. A madeira importada sobressai ao conjunto da flora paisagística da fazenda – destoa e causa uma sensação de estranhamento, pois o país é rico em madeiras nobres. O acabamento nas paredes impede que as estruturas inflamáveis que sustentam o prédio fiquem expostos na sua totalidade e que alguém possa riscar um fósforo. Os ladrilhos facilitam o movimento dos corpos no interior da biblioteca-serpentário.

1.2.1

Nos laboratórios, os caras-de-sapo são acompanhados pelos caras-de-rã. A umidade do ambiente possibilita a permanência de todos no local por longos períodos. Ali, curvados ou simplesmente debruçados sobre seus instrumentos, coacham entre si e partilham conhecimentos sobre os experimentos. Naturalmente, desejam que surja ao menos uma ideia que permita a realização dos trabalhos de forma contínua e que sirva para a posteridade dos estudos. Compartilham de uma profunda morosidade no acompanhamento dos processos de pesquisa e, em silêncio, mergulhados num aparente momento de concentração, percebem a presença de um gafanhoto ou mariposa que adentra o recinto...

 

Referências

Casa tomada, de Julio Cortázar, publicado em 1946.

Rayuella (Jogo da amarelinha), de Julio Cortàzar, publicado em 1963.

A defesa contra o ophidismo, de Vital Brazil, publicado em 1911.

 

Guarulhos, 25 de outubro de 2022.


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MARCOS PAULO DE PASSOS

Bibliotecário com experiência e participação em projetos e pesquisas realizados no contexto de bibliotecas educativas. Bacharelado em Biblioteconomia pela UNESP/SP, com Mestrado e Doutorado em Ciência da Informação pela USP/SP.