INFORMAÇÃO E SAÚDE


TEORIAS SISTÊMICAS PARA A CONSTRUÇÃO DO FUTURO

Introdução

 

Enquanto uma parcela reduzida da população mundial goza de boa qualidade de vida, acesso a serviços educacionais e de saúde, quatro bilhões de seres humanos passam por todo tipo de privação alimentar, de moradia, transporte, segurança, saúde, educação e violação de direitos.

 

Sejam nos países desenvolvidos, nos países em desenvolvimento ou nos países pobres, essa polaridade entre pequena parcela de pessoas ricas e maioria em condição de miséria se torna insuportável porque é geradora de conflitos sociais, violências e guerras que afetam a totalidade da população. E aqui pode ser citado como exemplo dessa polaridade o caso de dois meninos brasileiros na faixa de 10 anos, provenientes das camadas mais carentes da população, que supostamente invadiram um condomínio na zona sul de São Paulo (SP) e foram atingidos por tiros disparados por policiais, um deles tendo falecido (TOMAZ, 2016).

 

Acrescentam-se à não sustentabilidade do modelo econômico atual as questões ambientais. Com o crescimento da população mundial, que chega atualmente a sete e meio bilhões de pessoas, os recursos naturais se tornam escassos e precisam de maior atenção e conservação a fim de que a vida humana continue viável. Como exemplo de falta de atenção ao meio ambiente e à vida humana, pode ser citada a catástrofe na cidade de Mariana (MG), onde o rompimento de uma barragem de uma empresa mineradora levou à morte várias pessoas e causou danos incalculáveis ao meio ambiente de vasto território (SENRA, 2016).

 

Essas e outras transformações ocorridas no meio ambiente afetam a vida humana de várias formas. Por exemplo, estudos a respeito do material genético do vírus da dengue evidenciam que a população desse vírus aumentou muito na natureza nos últimos 200 anos, coincidentemente com a pós-revolução industrial e a urbanização pelo homem. Assim, pode-se dizer que a incidência de dengue tem crescido dramaticamente em todo o mundo nas últimas décadas. Uma estimativa recente indica que há cerca de 390 milhões de infecções de dengue por ano e que 3,9 bilhões de pessoas, em 128 países, estão em risco de infecção por esse vírus (WORLD, 2016; VARELA, 2013).

 

Pelo exposto, este texto tem por objetivo apresentar alguns pesquisadores que têm pensado em soluções para incrementar a qualidade de vida das pessoas, proteger o meio ambiente, reciclar materiais descartados e abundantes, e reduzir riscos para o meio ambiente e as futuras gerações.

 

Coimbatore Krishnarao Prahalad e a base da pirâmide

 

O pesquisador indiano Coimbatore Krishnarao Prahalad, falecido em 2010, foi professor na Michigan University, localizada nos Estados Unidos, e suas preocupações estiveram voltadas ao atendimento das necessidades das populações que estão na base da pirâmide econômica. Em seu pensamento, o que acontecerá no futuro depende da disposição das grandes empresas multinacionais para entrarem e investirem nos mercados mais pobres do mundo. Ao estimular o comércio e o desenvolvimento da base da pirâmide econômica, as multinacionais poderiam melhorar radicalmente a vida de bilhões de pessoas e ajudar a criar um mundo mais estável e menos violento. Alcançar esse objetivo não exige que as multinacionais liderem as iniciativas de desenvolvimento social global para fins de caridade. Elas precisam apenas considerar seus próprios interesses, pois há enormes benefícios empresariais a serem obtidos ao entrar em mercados em desenvolvimento. Segundo Prahalad, as grandes empresas não vão resolver sozinhas os males econômicos dos países em desenvolvimento, mas podem contribuir com seu desenvolvimento e crescer suas receitas ao mesmo tempo, pois os pobres do mundo são abundantes: um total de 65% da população mundial ganha menos de US$ 2.000 por ano (PRAHALAD, HAMMOND, 2002).

 

Segundo Prahalad, as grandes empresas são preconceituosas de achar que pessoas pobres não possuem dinheiro, quando, na verdade, os pobres muitas vezes compram itens de “luxo”. Segundo ele, na favela de Mumbai de Dharavi, localizada na Índia, por exemplo, 85% das famílias possuem um aparelho de televisão, 75% possui uma panela de pressão e um mixer, 56% possui um fogão a gás, e 21% possui telefones. Isso porque comprar uma casa, para a maioria das pessoas na base da pirâmide, não é uma opção realista. Eles optam por gastar sua renda em coisas que podem melhorar sua qualidade de vida no presente (PRAHALAD, HAMMOND, 2002).

 

Em que pese o pensamento de Prahalad ser o mais antigo dos autores citados neste texto, ele precisa ser lembrado como precursor de muitos autores que atualmente pensam em processos econômicos alternativos, como é o caso de Radjou (RADJOU, PRABHU, 2015). Além disso, também é importante em seu pensamento a participação e o compromisso do setor privado na melhoria da qualidade de vida das pessoas.

 

Otto Scharmer e a Teoria U

 

O pesquisador alemão Otto Scharmer atua no Massachusetts Institute of Technology, localizado nos Estados Unidos, e entende que os fracassos do sistema atual deriva do fato de não servir para o povo, bem como que a crise mundial atual não desaparecerá porque apenas os sintomas estão sendo combatidos e não a fonte dos problemas. Como forma de superação da crise mundial, o pesquisador desenvolveu a teoria U, surgida após um longo percurso de observação e entrevistas com centenas de líderes que conseguiram delinear e implementar ideias inovadoras (SENGE et al, 2007).

 

A teoria U sugere um profundo conhecimento da psique individual, comunitária e social a fim de ouvir, dialogar e entender as necessidades, conflitos e emoções que poderão ser superadas e direcionadas para a construção de um futuro humano cada vez menos focado no egocentrismo/antropocentrismo, em direção a um futuro mais focado no ecocentrismo, modelo no qual os seres humanos integram a ecologia da Terra e não ocupam uma pseudoposição de superioridade em relação aos outros seres e recursos naturais (SCHARMER, 2010; SCHARMER, KAUFER, 2014).

 

Em linhas gerais, a teoria U é integrada por vários processos, quais sejam: 1) abandonar padrões de pensamento e comportamento empregados no passado; 2) ver a realidade sem atribuir prejulgamentos, ao que Otto chama de “ver com novos olhos”; 3) encontrar a fonte de emoções, valores e comportamentos atuais; 4) estar presente e interagir com a fonte de emoções, valores e comportamentos atuais; 5) deixar emergir novos valores, emoções e comportamentos; 6) cristalizar novas visões e intenções; 7) criar protótipos (de objetos, serviços, instituições e produtos) que materializem esses novos valores, empregando no seu desenvolvimento o coração (emoções e sentimentos), a mente (conhecimentos) e mãos (ação); 8) colocar em operação e em larga escala os objetos, serviços, instituições e produtos que foram prototipados (SCHARMER, 2010; SCHARMER, KAUFER, 2014).

 

Dentre as peculiaridades da teoria U, pode-se destacar uma proposta de proximidade entre homem e natureza; razão e emoção; entre ciência e espiritualidade; entre espaço individual e coletivo. Otto propõe, por exemplo, várias formas para que possamos ouvir o outro sem preconceitos e prejulgamentos, processo que é por ele chamado de “ouvir profundo”. No ouvir profundo a compreensão vai além do ouvir as palavras na superficialidade, abarcando o sentir-se no lugar do outro e ver o mundo a partir dos olhos do outro (SCHARMER, 2010; SCHARMER, KAUFER, 2014).

 

Otto pressupõe que os danos causados pelo homem, seja em relação à natureza, seja em relação a outros seres humanos, se derivam de uma desconexão com o presente, com a natureza e com a humanidade. Nesse sentido, propõe o conceito de “presenciar”, significando que seu cérebro, seus sentidos e seu espírito devem estar profundamente conectados com o presente, com as pessoas com quem convive, com os fenômenos da natureza, para que a partir dessa experiência de viver o presente se consiga traçar um futuro de melhor qualidade para a vida humana e demais seres (SENGE et al, 2007).

 

Jeroen van den Hoven e a pesquisa e inovação responsável

 

O pesquisador holandês Jeroen van den Hoven, que atua na Delft University of Technology, localizada no Reino dos Países Baixos, propõe o conceito de pesquisa e inovação responsável, que compreende o processo de alinhamento da pesquisa e inovação aos valores, necessidades e expectativas da sociedade. Nessa perspectiva, as decisões sobre pesquisa e inovação devem considerar os princípios de respeito à dignidade humana, à liberdade, à democracia, à igualdade, ao estado de direito e aos direitos humanos, incluindo os direitos das pessoas pertencentes a minorias (HOVEN, 2013; EUROPE, 2014).

 

Para tanto, a pesquisa e inovação responsável demandam que todas as partes interessadas, incluindo a sociedade civil, respondam mutuamente e assumam a responsabilidade partilhada pelos processos e resultados da pesquisa e da inovação. Isso significa trabalhar juntos nas metodologias de educação em ciências; na definição de agendas de pesquisa; nos protocolos de conduta para pesquisa e inovação; no acesso amplo aos resultados e implicações da pesquisa e da inovação; na aplicação de novos conhecimentos na sociedade, respeitando a igualdade de gênero. Cabe destacar que a pesquisa e inovação responsável pressupõe o envolvimento das mulheres e minorias nas esferas de poder político e nas esferas de pesquisa e de inovação para que suas necessidades e especificidades sejam consideradas (HOVEN, 2013; EUROPE, 2014).

 

A inovação responsável envolve a investigação sobre os aspectos éticos e sociais das novas tecnologias (por exemplo, tecnologias da informação e comunicação, nanotecnologia, biotecnologia e ciências cerebrais) e das mudanças nos sistemas tecnológicos (por exemplo, energia, transportes, agricultura e água). Esta tipologia de pesquisa é altamente multidisciplinar, envolvendo uma estreita colaboração entre pesquisadores da ética, das ciências sociais, do direito, da economia, das ciências aplicadas, das engenharias, do design etc. (HOVEN, 2014).

 

Os benefícios da pesquisa e inovação responsável vão além do alinhamento com a sociedade: 1) Assegura que a pesquisa e inovação garantam um desenvolvimento inteligente, inclusivo e sustentável; 2) Traz soluções para os desafios sociais; 3) Promove o engajamento de novos inovadores e novos talentos; 4) Constrói a confiança dos cidadãos e das instituições públicas e privadas na pesquisa e inovação; 5) Assegura à sociedade a aceitação de produtos e serviços inovadores; 6) Avalia os riscos e a forma como estes riscos devem ser gerenciados (HOVEN, 2013; EUROPE, 2014).

 

No caso de Mariana (MG), citado na introdução, observa-se que a empresa mineradora não esteve alinhada com uma proposta de inovação responsável, pois suas ações comprometeram o meio ambiente, a sociedade atual e o bem-estar das futuras gerações. O modelo de inovação responsável é bem interessante, pois demanda o estudo de riscos a longo prazo, décadas e mesmo séculos.

 

Flemming Konradsen, a saúde global e o meio ambiente

 

O pesquisador dinamarquês Flemming Konradsen, que atua na University of Copenhagen, localizada na Dinamarca, nos traz várias preocupações sobre a relação entre a saúde humana em escala global e as condições do meio ambiente. Seus trabalhos focam no envenenamento de seres humanos pelo uso equivocado ou inadequado de pesticidas, ausência de saneamento básico em países pobres e em desenvolvimento, doenças tropicais como malária e dengue, doenças causadas pela poluição do ar, além da falta de acesso a saúde e medicamentos pelas populações mais carentes. Possui uma abordagem sistêmica dos problemas atuais que vai ao encontro das propostas de Otto e Hoven.

 

Para citar um exemplo, Konradsen conduziu estudos etnográficos entre quatro grupos de minorias étnicas que vivem em montanhas e comunidades de planície no norte do Vietnã a fim de compreender o motivo pelo qual as crianças de minorias étnicas no Vietnã vivenciam altos níveis de doenças relacionadas com a higiene e o saneamento. Esse estudo mostrou que as condições de vida precárias como falta de infraestruturas de saneamento básico constituíam barreiras importantes para a implementação de procedimentos de higiene da criança em sua casa. Além disso, observou que a vida cotidiana dessas minorias, com os pais trabalhando longe das famílias, resultou em pouca supervisão diária de adultos de práticas seguras de higiene infantil. Embora os jardins-de-infância fossem identificados como instituições potencialmente importantes para melhorar a educação em matéria de higiene infantil, não possuíam infraestruturas de higiene essenciais e funcionais. Além disso, o ensino de higiene pelos jardins-de-infância do Vietnã opta por estilos de aprendizagem teóricos e não-práticos, o que não facilita a mudança de comportamento sobre higiene em crianças pequenas. As crianças minoritárias ficam ainda mais desfavorecidas, uma vez que o ensino é apenas prestado em línguas não-minoritárias. Para apoiar as crianças de minorias, os estilos de ensino devem considerar as condições de vida, as estruturas dos cuidadores locais e línguas locais. Assim, conclui Konradsen que a criação de ligações mais fortes entre os ambientes de aprendizagem domésticos e institucionais pode ser vital para apoiar as famílias das zonas rurais na melhoria da saúde das crianças (RHEINLÄNDER et. al., 2015).

 

Em outro estudo, Konradsen estuda as tentativas de suicídio e os suicídios efetivos na Bolívia, pois o suicídio é comum em comunidades e países de baixa renda. Analisando cerca de 1124 casos, observou que mais mulheres (403/657, 61%) do que homens (254/657, 39%) tentaram suicídio e que as mulheres tentam o suicídio em uma idade mais jovem do que os homens. Em contrapartida, mais homens (208/293, 70,5%) do que mulheres (85/293, 29,5%) cometeram suicídio. Além disso, o suicídio foi mais prevalente entre os jovens de 20 a 29 anos de ambos os sexos. O método dominante de suicídio na Bolívia foi a intoxicação por pesticidas. As razões das tentativas de suicídio e do suicídio foram relacionadas a problemas interpessoais, problemas econômicos, depressão e gravidez indesejada. Esse estudo conclui que o acesso a materiais potencialmente suicidas deve ser restrito e as intervenções psicossociais devem ser iniciadas para prevenir suicídios (JØRS, 2013).

 

O que poderia ser destacado no pensamento de Konradsen é que ele não estuda a saúde global à distância. Ele presencia e entende a situação das minorias e populações vulneráveis, antes de realizar estudos e tecer comentários sobre elas. Talvez, assim, ele personifique os conceitos de “presenciar” e “ouvir profundo” proposto por Otto e o conceito de “pesquisa e inovação responsável” proposto por Hoven. Vale destacar ainda que suas pesquisas incluem métodos qualitativos (como o estudo etnográfico realizado no Vietnã) e métodos quantitativos (como o estudo estatístico realizado na Bolívia), e múltiplos parceiros de pesquisa.

 

Conclusão

 

Vivemos em uma época de crise generalizada do sistema capitalista explicitada nas desigualdades sociais, violações de direitos humanos, degradação do meio ambiente implicando em mudanças climáticas de larga escala, instabilidades políticas em países de todos os continentes etc. Logo, as soluções a serem buscadas precisam contemplar novos olhares sobre o planeta, os seres humanos e as demais espécies que aqui habitam. Esse texto teve por objetivo apresentar alguns autores que têm buscado um novo olhar sobre o presente e futuro.

 

Uma sugestão que fica para o leitor deste texto é revisitar seu cotidiano não apenas para perceber os problemas, mas para identificar a raiz de tais problemas e o que pode ser projetado para a construção de um futuro melhor que o presente.

 

Referências

 

EUROPE Union. Rome declaration on responsible research and innovation in Europe. Rome: EU, 2014.

 

HOVEN, Jeroen van den. Options for strengthening responsible research and innovation. Europe Union: RTD, 2013.

 

__. Responsible innovation: innovative solutions for global issues. Springer: Netherlands, 2014

 

JØRS, E. et al. Suicide attempts and suicides in Bolivia from 2007 to 2012: pesticides are the preferred method, females try but males commit suicide. International Journal of Adolescent Medicine and Health, v.26, n.3, p.361-367, 2013.

 

PRAHALAD, C.K.; HAMMOND, A. Serving the world’s poor, profitably. Harvard Business Review, v. 80, n. 9, p.48-57, 2002.

 

RADJOU, N., PRABHU, J. Frugal innovation: how to do more with less. New York : PublicAffairs, 2015.

 

RHEINLÄNDER, T. et. al. Teaching minority children hygiene: investigating hygiene education in kindergartens and homes of ethnic minority children in northern Vietnam. Ethnicity & Health, v.20, n.3, p.258-272, 2015.

 

SCHARMER, Otto. Teoria U: como liderar pela percepção e realização do futuro emergente. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

 

__; KAUFER, Katrin. Liderar a partir do futuro que emerge. São Paulo: Campus, 2014.

 

SENGE, Peter et al. Presença: propósito humano e o campo do futuro. São Paulo : Cultrix, 2007.

 

SENRA, R. A mãe que sofreu aborto na lama e luta para incluir feto entre vítimas de Mariana. BBC Brasil, 4 nov. 2016. Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/brasil-37829548 Acesso em: 5 nov. 2016

 

TOMAZ, K. Por que fizeram isso com ele? diz mãe de menino morto pela PM em SP. G1, 3 jun. 2016. Disponível em: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/06/por-que-fizeram-isso-com-ele-diz-mae-de-menino-morto-pela-pm-em-sp.html Acesso em: 5 nov. 2016.

 

VARELA, D. Doenças tropicais. Drauzio, 26 abr. 2013. Disponível em: https://drauziovarella.com.br/letras/t/doencas-tropicais/ Acesso em: 7 nov. 2016.

 

WORLD Health Organization. Dengue and severe dengue. (s.l.) : WHO, 2016. Disponível em: http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs117/en/ Acesso em: 07 nov. 2016

 

Como citar este texto

GALVAO, M.C.B. Teorias sistêmicas para a construção do futuro. 10 de novembro de 2016. In: Almeida Junior, O.F. Infohome [Internet]. Londrina: OFAJ, 2016. Disponível em: http://www.ofaj.com.br/colunas_conteudo.php?cod=1019


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MARIA CRISTIANE BARBOSA GALVÃO

Professora na Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Sua experiência inclui estudos na Université de Montréal (Canadá), atuação na Universidad de Malaga (Espanha) e McGill University (Canadá). Doutora em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília, mestre em Ciência da Comunicação e bacharel em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade de São Paulo.