BIBLIOTECAS DO METRÔ INCENTIVAM LEITORES
Investir em adultos é mais caro, como aponta o diretor-geral do Instituto Brasil Leitor, Willian Nacked, mas não é dinheiro jogado fora. Um dos projetos para estimular o hábito de leitura em todas as idades é o Embarque na Leitura, que mantém as três bibliotecas nas estações da Companhia do Metropolitano (Metrô). O IBL é responsável pela gestão do projeto em parceria com a companhia de transporte.
Engana-se quem pensa que as bibliotecas são freqüentadas apenas pelas classes menos favorecidas. "Nosso foco sempre foi as classes D e E, mas, para a nossa surpresa, notamos o interesse cada vez maior das classes B e C", disse.
"Essa história de que o brasileiro mais humilde não gosta de ler é mentira. A impossibilidade de ter acesso a livros atualizados é que inviabiliza a criação do hábito. Pesquisas mostram que o jovem pobre sempre vincula a leitura ao seu sucesso", afirmou Rosely Bosclini, presidente da Câmara Brasileira de Livro. Rosely explicou que uma pesquisa da CBL, intitulada Retratos de Leitura, mostra que o mercado editorial registra aquecimento também entre as classes menos favorecidas.
Se o prognóstico de Nacked é positivo em relação ao jovem carente, o mesmo não se pode dizer aos de classe média. "Nas classes A e B o quadro é desesperador. Esses são os que menos lêem. A maioria acha que não precisa, que já tem um futuro encaminhado. Os filhos dos mais bem-sucedidos também precisam de estímulos, mas em casa é difícil, porque seus pais também não são leitores", disse.
Fonte: Metronews - 30/07/2007
Divulgado por Renata Curty – Enviado para Infohome em 31/07/2007