GERAL


JORGE ZAHAR


“’Sempre fui um leitor voraz, tive gosto pela leitura muito cedo’, contava ele, que tinha aprendido o francês em que lia Balzac com a mãe, mas dela não herdara o hábito da leitura, estranho ao cotidiano da família. Sua vida de leitor foi forjada fora de casa, na biblioteca pública de Vitória e nos livros emprestados de estantes amigas – ele dizia ter devorado a biblioteca do pai de uma colega de escola. Era o que chamaria mais tarde de ‘fase do avestruz’: lia o que lhe caía nas mãos, dos clássicos Balzac e Zola – deste, tinha especial predileção por Germinal – aos autores populares da estirpe do francês Michel Zévacco, simplificado para ‘Zevaco’ nas capas folhetinescas de livros editados aqui, como A Ponte dos Suspiros, Os Pardaillans e O fanfarrão. A perseverança. Que define todo autodidata, era especialmente requerida em meio a tanta adversidade. ‘Eu sei bem até hoje o que é não ter dinheiro para comprar livros, é um problema comigo, porque eu sempre reluto, sempre acho caro’”. (p.31)


Fonte: PIRES, Paulo Roberto. A marca do Z: a vida e os tempos do editor Jorge Zahar. Rio de Janeiro: Zahar, 2017. 294p.

   370 Leituras


Próximo Ítem

author image
ANTONIO HOUAISS
Setembro/2020

Ítem Anterior

author image
ELAINE TAVARES
Abril/2020



author image
OSWALDO FRANCISCO DE ALMEIDA JÚNIOR

Professor associado do Departamento de Ciência da Informação da Universidade Estadual de Londrina. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UNESP/Marília. Doutor e Mestre em Ciência da Comunicação pela ECA/USP. Professor colaborador do Programa de Pós-Graduação da UFCA- Cariri - Mantenedor do Site.