BIBLIOCANTOS


AI QUE SAUDADE DA AMÉLIA/AI QUE SER BIBLIOTECÁRIO

Técaria Amélia

Ai Que Saudades da Amélia

 

Ataulfo Alves

 

Nunca vi fazer tanta exigência

Nem fazer o que você me faz

Você não sabe o que é consciência

Nem vê que eu sou um pobre rapaz

 

Você só pensa em luxo e riqueza

Tudo o que você vê, você quer

Ai, meu deus, que saudade da Amélia

Aquilo sim é que era mulher

 

Às vezes passava fome ao meu lado

E achava bonito não ter o que comer

Quando me via contrariado

Dizia: "meu filho, o que se há de fazer!"

Amélia não tinha a menor vaidade

Amélia é que era mulher de verdade

Ai Que Ser Bibliotecário

 

Fernando Modesto

 

Nunca vi fazer tanta negligência

Nem fazer a critica que faz

Você não sabe o valor da biblioteca

Nem sabe do que ela é capaz

 

 

 

Você pensa que a Internet é a riqueza

Todo serviço que lhe dê vem criticar

Ai meu deus que dificuldade explicar

Orientar assim que fontes usar

 

 

A gente labuta e é tão criticado

Ter que achar bonito nos dizer o que fazer

E quando nos vêm contrariado

Dizem logo: tecário  tem que se promover

Bibliotecário não tem a menor valoridade

Bibliotecário engole sapo eis a verdade

 

Autor: Fernando Modesto

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FERNANDO MODESTO

Bibliotecário e Mestre pela PUC-Campinas, Doutor em Comunicações pela ECA/USP e Professor do departamento de Biblioteconomia e Documentação da ECA/USP.