O PONTO "G" DA LEITURA
QUE GOSTOSURA!!!
Cá estou eu novamente
envolvida com meus alunos do Curso de Biblioteconomia, que numa discussão em
sala de aula me desafiaram a escrever um texto, para essa coluna, com o título -
"O ponto G da Leitura".
A polêmica surgiu quando falávamos de
"fruição literária" e do que isso significa. A palavra fruição, segundo o
Dicionário Aurélio, deriva do latim fruitione e é "a ação ou efeito de
fruir; Gozo [...]". Isso nos reportou as idéias de Freud (prazer
estético), de Barthes (prazer do texto) e de Jauss (fruição estética), pois
todos eles vinculam o ato de ler (diferentes linguagens) ao prazer e à
satisfação.
E é assim que defendemos a leitura para a criança e o
adolescente na escola, com Prazer, com Gosto e Gozo. Sem
avaliações e cobranças, sem uma rotina didática e autoritária.
Na
biblioteca também, pois o bibliotecário não pode esquecer que é responsável pela
mediação da leitura, que num sentido genérico é a intermediação ou "ponte" entre
o leitor e o texto. E precisa lembrar ainda, que sua "intervenção pode ampliar
ou anular possibilidades, despertar ou adormecer sensibilidades, facilitar ou
dificultar emoções" (PERROTTI, 1990, p.17). Como intermediário de leitura,
encontra-se em uma situação privilegiada, pois tem nas mãos uma diversidade de
suportes e a possibilidade de levar crianças e jovens a infinitas descobertas.
Sugestões de Leitura:
BARTHES, Roland. O Prazer do texto. São Paulo: Perspectiva, 1987.
JAUSS, Hans Robert. O Prazer estético e as experiências fundamentais da poiesis, aisthesis e katharsis. In: LIMA, Luiz Costa (Coord.). A Literatura e o leitor: textos de estética da recepção. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
PERROTTI, Edmir. Confinamento cultural, infância
e leitura. São Paulo: Summus, 1990. (Novas Buscas em Educação,
38).