PROGRAMA PRETENDE INSTALAR UMA BIBLIOTECA EM CADA MUNICÍPIO
Cada município brasileiro terá uma biblioteca pública instalada até o final do ano. A medida, que integra o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), deve impulsionar o hábito de ler no País. A iniciativa foi divulgada pelo secretário executivo do PNLL, José Castilho Marques Neto. “Este é um esforço pioneiro entre todos os interessados no desenvolvimento da leitura, com o objetivo de aumentar os índices de leitores por habitante”, disse Carlos Alberto Xavier, da coordenação-executiva do PNLL.
O brasileiro lê em média dois livros por ano, menos da metade do que se lê na Europa e nos Estados Unidos. Menor até que a média de vizinhos como a Argentina. Lançado em 2006, pelos ministérios da Educação e da Cultura, com apoio de organizações não-governamentais, empresas e sociedade civil, o PNLL procura democratizar o acesso ao livro e despertar o interesse pela leitura por meio de iniciativas como a criação de bibliotecas, financiamento de editoras, distribuição de livros e programas de formação de alunos.
O foco dos trabalhos concentra-se em eixos temáticos — democratização do acesso, fomento à leitura e à formação de mediadores, valorização da leitura e comunicação e desenvolvimento da economia do livro. No primeiro eixo, o propósito é fortalecer as redes de bibliotecas já existentes e criar outras, com acervos que incluem livros em braile, livros digitais e audiolivros, além de computadores conectados à internet, jornais e revistas. O plano também apóia a abertura de bibliotecas comunitárias em periferias urbanas, hospitais, creches, igrejas e zona rural.
Qualificação — O segundo eixo usa a educação a distância para qualificar professores que trabalham com fomento à leitura e estudantes que se preparam para o magistério em literatura infanto-juvenil, além de promover concursos que premiam experiências inovadoras na promoção da leitura, como o VivaLeitura, que tem duração prevista até 2016.
As medidas de valorização da leitura e comunicação integram iniciativas como a realização de campanhas institucionais de valorização do livro, da literatura e das bibliotecas em televisão, rádio, jornal, internet, revistas, outdoors, cinema e outras mídias. O último eixo de trabalho abrange medidas de apoio à circulação de escritores por escolas e bibliotecas, a defesa dos direitos do escritor e a publicação de novos autores.