ALÉM DAS BIBLIOTECAS


IRÃ: FLORES, SONHOS E DESERTOS

VOU-ME EMBORA PRA

PASÁRGADA

Manuel Bandeira

Vou-me embora pra
Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra
Pasárgada
Vou-me embora pra
Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconsequente
Que Joana, “a Louca de Espanha”
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
..............................................

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
– Lá sou amigo do rei –
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou me embora pra
Pasárgada

 

PALAVRAS INICIAIS

Reconhecer a sensibilidade de Glória Maria, repórter da TV Globo, é indispensável no momento de escrever sobre o Irã. Suas palavras iniciais na primeira das duas reportagens sobre essa nação de flores e de sonhos, veiculadas em setembro passado, são incríveis. Recorro a elas. Em vez de plágio descarado, vontade imensa de reafirmá-las. Elas são também minhas: “quando se pensa no Irã, uma das primeiras imagens que vem à nossa cabeça é a de um país triste, fechado, arrasado por guerras e terrorismo. Mas quando a gente chega aqui, esta imagem começa a mudar. O que encontramos é um país lindo [...]”

Em que pesem o rigor da religião islâmica (99,1% da população são adeptos do islamismo, com prevalência dos xiitas, com 93,3%, seguidos dos sunitas, 5,8%); as fotos de barbudos sisudos aqui e ali, lembrando o poderio dos aiatolás; as roupas escuras ou raramente coloridas, que cobrem e recobrem os corpos das mulheres com os cabelos sempre ocultos por sob véus (hijab); a restrição de bermudas e camisetas regatas para os homens e a sombra da chamada polícia moral (que não “mostra a cara”), o país é realmente de uma beleza inesperada. Jardins, parques, flores e muito colorido por toda parte, incluindo muros e escadarias em locais públicos recobertas de murais artísticos, atraem famílias inteiras que se reúnem em intermináveis piqueniques, onde só há lugar para sorrisos e descontração surpreendente. Sem aproximação física entre homens e mulheres e raras trocas de carinho em público entre os casais, contrariando as expectativas, os iranianos são receptivos e buscam contato com os visitantes. Tulipas em profusão ao lado da rosa vermelha, flor nacional do Irã, imprimem intensa magia aos jardins. Os iranianos os veem como pedacinhos do paraíso, o que justifica a prática anterior de quadricular os jardins para abrigar os quatro elementos da natureza – terra, água, fogo e ar. 

 

 

 

 

 

 

 

IMENSIDÃO DOS DESERTOS E INTRINCADA HISTÓRIA DE GUERRAS

No entanto, o país não é só multicolor, como a tranquilidade das montanhas e das planícies sugere. Trata-se de uma nação com recursos hídricos parcos, uma vez que há apenas três grandes rios: Karun, Atrak e Safid. Como decorrência, possui 27 desertos, onde o calor chega a ser angustiante. Se nas demais regiões, o clima é árido subtropical e / ou subtropical de altitude, nas áreas desertificadas, a temperatura alcança 70.7ºC, como registrado no deserto de Dasht-e Lut ou Dasht-i-Lut ou, simplesmente, Lut, o lugar mais quente da Terra, e, paradoxalmente, classificado como Patrimônio da Humanidade, pela Unesco, sob o argumento de que é um surpreendente exemplo de acidentes geográficos eólicos, bem como de desertos de rochas e dunas. Situado no sudeste do Irã, o Lut ocupa o 25º lugar no ranking dos maiores desertos do mundo. 

O país, cuja moeda oficial é o rial iraniano, de difícil conversão pelo excesso de zeros e quase inexistência de moedas, encobre uma intricada história de guerras e lutas, ganhos e perdas. Após 2.500 anos de impor seu domínio ao mundo, o Império Persa dissolve-se. Há exatos 38 anos, 1979, dá lugar à República Islâmica do Irã, que abriga, na atualidade, em seus 1.648.196 km², cerca de 82 milhões de habitantes, com a prevalência de iranianos (65%), seguidos de azeris, curdos, árabes, lures e outras nacionalidades. 

IRÃ: ANTIGA PÉRSIA COM SUA CULTURA SINGULAR

É imperdoável confundir os nativos com árabes, até porque eles nutrem visível orgulho de seu passado persa e de sua origem indo-europeia, o que remete a um grupo étnico da Europa e da Ásia, com idioma distinto e cultura singular em hábitos cotidianos, como na culinária e na forma de vivenciar sua religiosidade. Falando de comida, é muito usual dentre os iranianos as sopas. Podem conter de um tudo: lentilhas, macarrões, iogurte, frutos secos, tipos de feijão, macarrão, legumes variados. O abgusht, por exemplo, que se apresenta como caldo de carne, de fato, é um guisado de pedaços de carneiro com feijão, batata, tomate e outros ingredientes. A galinha especial – morge shekam por – com nozes, romãs e ameixas – é o melhor ao meu paladar. E a carne de camelo, delícia pura! Frutas deliciosas, mas a citada romã reina absoluta por toda parte: aperitivo, sobremesa e, sobretudo, seu delicioso suco!

IRÃ: DIVERSIDADE POR TODA PARTE

Decerto, há, no país, lugar para muita diversidade. Ao lado de Teerã, 32ª capital do Irã e uma das cinco maiores cidades do mundo, Shiraz impõe-se como capital cultural. Venera como heróis nacionais, poetas, como Hafez e Sa’adi, cujos poemas são memorizados e cultuados por muitos iranianos. Ambos estão em túmulos localizados no centro de belos jardins. No caso de Hafez, crê-se que abrir um de seus livros de poemas em determinada folha, permite adivinhar o futuro, o que atrai peregrinos. Na onda da bibliomancia, idosos simples postam-se nas calçadas aos arredores, com pequenos pássaros que escolhem dentre gastas cartas o destino dos mais crédulos em troco de algumas moedas. A porta de Qoran é um importante marco da cidade de Shiraz, que, dentre seus jardins, torna imperdível a visita ao Narenjestán (jardim de laranjeiras), um dos mais antigos da cidade. Ainda na “cidade das flores e dos poetas”, a impressionante mesquita Nasir-Ol-Molk, verdadeira explosão de cores em ladrilhos e vitrais!
 


Persépolis, por sua vez, antiga capital da Pérsia e conhecida como “a cidade da Pérsia”, foi destruída em incêndio sob o comando de Alexandre Magno, O Grande, da Macedônia, em 331 a.C., quando da conquista do Império. Suas ruínas, através de desenhos, recontam a trajetória do povo persa. Lembrando que, em função da vastidão do Império Persa, havia várias capitais ao mesmo tempo, no caso dos brasileiros, é a primeira capital da Pérsia Aquemênida que mais chama atenção. Trata-se de Pasárgada, a 87 quilômetros a nordeste de Persépolis, atualmente, sítio arqueológico da província de Fars e Patrimônio da Humanidade da Unesco. Construída por Ciro II, O Grande, este retoma a concepção persa dos jardins como paraíso ou pontes que facilitem o caminho entre o céu e a terra e lá está seu mausoléu, lugar permanente de visitação. A cidade está presente entre nós, face ao poeta, tradutor e crítico literário brasileiro, Manuel Bandeira, no poema em que ele diz: “Vou-me embora pra Pasárgada. Lá sou amigo do rei. Lá tenho a mulher que eu quero. Na cama que escolherei.” Daí, no português, o termo – Pasárgada – ser utilizado como sinônimo de refúgio distante ou paraíso, nos moldes do poeta, embora, em termos etimológicos, isto não se comprove.

No percurso, antes de chegarmos a Pasárgada, é tempo de visitar Naqsh-i Rustam ou Naqsh-e Rustam, “a cidade da poesia, dos vinhos e das rosas”, o primeiro local sagrado dos povos elamitas e, posteriormente, o local das sepulturas dos reis aquemênidas, pertencentes à Dinastia do rei Aquemênes da Pérsia, com destaque para a grandiosidade da tumba de Dario, O Grande. Ali, vêm sendo descobertos ricos objetos em cerâmica e também peças ligadas ao rito funerário, de modo que esse sítio arqueológico ganha relevância por favorecer estudos sobre os habitantes de então. Em frente às tumbas esculpidas nas rochas, está o Templo do Fogo (Atashgah), que conserva preciosas relíquias da primeira religião persa. Desenvolvido por Zaratustra ou Zoroastro, por volta do século VI a.C., o zoroastrismo privilegia a visão dualística do universo, qual seja, o bem e o mal. Os antigos persas zoroastristas ou parses permanecem em torres de silêncio ou em templos de fogo, para eles, elemento sagrado que liga o homem a Deus, cultuando hábito que assombra os ocidentais: devolvem os mortos à natureza para a delícia dos abutres que rondam as colinas, costume ora combatido com certo rigor. O zoroastrismo segue como a religião principal em todo o Império Persa até a dominação pelos árabes muçulmanos, no século VII, embora existam no país, até hoje, cerca de 30 mil seguidores, que representam um índice muito baixo, ao lado de religiões, como bahaísmo, cristianismo e judaísmo, que juntas somam menos de 1% da população.

Nesse mesmo roteiro, está a cidadela ou castelo Karim Khan, ainda em território de Shiraz. Construído como parte de um amplo complexo arquitetônico durante a dinastia Zand, apesar de sua aparência de fortaleza medieval, com quatro torres cilíndricas que protegem seu interior, serviu como residência para os nobres e, depois, como prisão. Nos dias atuais, é um museu sob a tutela dos órgãos encarregados pelo patrimônio cultural do Irã. 

A seguir, é o momento de conhecer a mítica Yazd (= banquete e oração), “a joia do deserto”, e que também mantém acesa as chamas do zoroastrismo, com o Templo do Fogo Atash Behram, construído no século XX, ano 1932, graças à doação de fiéis persas e indianos. No centro do país, Yazd é a capital da província iraniana homônima, com muralhas, monumentos, torres, praças e jardins. Neste caso, “a menina dos olhos” dos habitantes é o Jardim Dowlat Abad. Não é só mais um belo jardim iraniano. Além de inimaginável varanda coberta de espelhos, permite ver como funciona uma torre de vento, que areja o interior das casas, requisito indispensável para quem sobrevive em meio a um clima desértico, como o deste país do Oriente Médio / sudoeste da Ásia. 

Isfahan, conhecida como “a cidade das 11 pontes”, por sua vez, é o mais majestoso recanto do país, onde estão a Catedral Vank, templo cristão-armênio ainda do século XVII e o Palácio Chehel Sotoun, com 40 colunas deslumbrantes. As movimentadas pontes e escadarias da antiga capital persa atraem cidadãos de todas as idades, que também lotam praças de beleza ímpar, a exemplo de Naqsh-e Jahan (ou Meidan Emam), bem no centro da cidade e declarada bem cultural do Patrimônio da Humanidade pela Unesco. Com seus nove hectares, Meidan Emam alcança o posto da segunda maior praça pública do mundo, aquém tão somente da praça Tianmen, em Pequim (China) e por sua beleza, é citada, sempre, como verdadeiro cartão postal do país. Abriga a Mesquita Shah (Mesquita do Imam), o Palácio de Ali Qapou e a Mesquita Sheikh Lotf Allah, além de permitir aos mais consumidores “fazerem a festa” no Grande Bazar de Isfahan, embora o mais famoso do país esteja em Shiraz, o Bazar de Vakil, que se assemelha à loucura do Grande Bazar de Istambul, Turquia, apesar de bem menor.

TAPETES PERSAS x JOIAS 

Quanto aos famosos tapetes persas, artesanais ou industrializados, estão por toda parte, em tamanhos, desenhos e matérias-primas variadas, mas sua fabricação concentra-se, sobretudo, em Qom, Kashan e Nain. Qom ou a “cidade dos aiatolás” mantém poderoso centro de estudos religiosos, o que a posiciona como a mais conservadora de todo o Irã, onde as mulheres aderem em massa ao shadow ou xador, manto predominantemente negro, que se usa sobre o restante da roupa. Kashan, por sua vez, destaca-se tanto pela tecelagem dos tapetes, quanto pela produção de tecidos, cerâmica e azulejos. E mais, abriga os Jardins de Fin e uma das mais famosas mesquitas iranianas, a Agha Borzog Mosque, século XVIII. Além de espaço para orações, comporta um complexo para estudos islâmicos. Por fim, Nain, “a cidade de barro e dos tapetes”, data do período pré-islâmico, o que lhe assegura mais de 2.500 anos de história, com monumentos de muita importância. Destaque para a Mesquita Jame, uma das mais antigas do país, século VII, logo após a invasão árabe. 

Em relação aos tapetes, eles merecem um capítulo à parte. Sua tecelagem figura como uma das manifestações mais características da cultura e arte persas. Há contraste surpreendente. De início, as humildes tribos nômades persas recorrem a eles para fugir do inverno rigoroso. Tempos depois, são utilizados como forma de expressar em cores o que rodeia seu povo. Plantas, animais, flores, paisagens e figuras humanas, sobretudo, dos antigos reis constituem fonte de inspiração. Desde o século XVI, os tapetes persas são vistos como peças luxuosas, alcançando preços estratosféricos a depender de sua complexa classificação. Visita ao Museu do Tapete, na capital Teerã, nos permite visão dessa arte secular. 

Se os tapetes são símbolo da cultura e da riqueza do Irã, há outros indícios, a exemplo dos muitos outros museus que se encontram por toda parte. O mais extasiante, com certeza, é o Museu das Joias, situado no subsolo do Banco Central do Irã, em Teerã, sob forte esquema de segurança, o que impede o uso de qualquer equipamento. A escuridão das salas realça o brilho das peças protegidas por paredes de vidro. Lá está o maior diamante rosa do mundo ao lado de um incrível globo dos continentes, século XIX, em ouro maciço de 34 quilos recoberto por 51 mil brilhantes. E o que dizer da coroa da última rainha do Irã, Farah Diba, terceira mulher do Xá Mohammad Reza Pahlavi, deposto quando da Revolução Islâmica, após 38 anos no poder? Nada mais nada menos do que 34 rubis, 36 esmeraldas e 1.469 diamantes!

SEGURANÇA NAS RUAS E TEMOR NO CORAÇÃO

Em se tratando de segurança, o Irã é uma nação tranquila, onde podemos caminhar sem temor. A violência urbana é ínfima. A segurança é máxima, sobretudo, nas proximidades das preciosas mesquitas espalhadas país afora. Mesmo o Irã sendo oficialmente uma República Presidencialista, com o presidente Hassan Rohani (no poder, desde 3 de agosto de 2013) e Parlamento eleitos, na prática, é dominado pela figura dos aiatolás, titulares máximos na hierarquia religiosa entre os muçulmanos. São sempre escolhidos por outro aiatolá, que lhes reconhece como merecedor do título, o que demanda, além de conhecimentos aprofundados acerca da doutrina islâmica xiita, descendência direta do profeta Maomé. Assim, o atual Aiatolá Ali Khamenei controla o sistema judiciário, as forças de segurança e a legislação, com o intuito de garantir que o sharia, conjunto de leis islâmicas fundamentadas no Alcorão e responsáveis por ditar as regras de comportamento dos muçulmanos seja rigorosamente seguido. A imagem de Ali Khamenei está espalhada em cartazes pelas cidades, ao lado de fotos de soldados mortos na sangrenta Guerra Irã x Iraque, com duração de oito anos, 1980-1988.

IRÃ E TRAÇOS INDECIFRÁVEIS

Contrastando com o analfabetismo generalizado dentre as tribos nômades, que ainda reúnem no Irã cerca de mais de um milhão de iranianos, os quais percorrem montanhas e planícies do país, pastoreando ovelhas e cabras, o índice de alfabetização do país é de 85%. Afinal, a educação é obrigatória para todas as crianças entre seis e 10 anos de idade e os aiatolás investem bastante em todos os níveis de ensino, inclusive o superior, de tal forma que o país conta com mais de 100 universidades. Tal como na educação, em que persistem escolas / universidades públicas e privadas, na saúde, também, há os dois sistemas. Quanto à mobilidade urbana, ônibus públicos coloridos, onde homens e mulheres sentam-se em espaços distintos, concorrem com os táxis. Os pontos dispersos nas cidades maiores, como Teerã, são barulhentos e confusos, devido ao não uso do taxímetro, o que exige paciência na hora da negociação e impossibilita ao estrangeiro lançar mão dos táxis coletivos, os chamados savaris, até porque a geração mais antiga não tem domínio de línguas ocidentais. Preservam o idioma oficial, persa, sendo possível encontrar, pela diversidade étnica do país, grupos que falem turco, curdo e árabe, o que significa que o idioma não atua como elemento facilitador.

Retomando os savaris, há quem acredite que representem, sobretudo, para os mais jovens, uma forma de manter sua vida amorosa longe dos olhos dos pais ou de burlar a proibição rigorosa do contato físico mais próximo entre homens e mulheres, embora ainda acomodem-se com certa distância. Soa hilário encontrar um site que traz matéria intitulada: “Táxis compartilhados dão o tom da revolução sexual no Irã.” Talvez representem passos para transformações paulatinas nos hábitos culturais, entre os quais a antiga preservação da castidade dos jovens até a consumação do casamento e a submissão total da mulher, que começa a se impor, até porque a poligamia, ainda hoje existente, rareia mais e mais. Porém, dificilmente, preconceitos tão arraigados serão banidos. Por mais esdrúxulo que pareça, até hoje, as mulheres são proibidas de cantar em público e a ausência da música popular dá um tom nefasto às cidades! Indo além, há violenta condenação ao homossexualismo, ao bissexualismo, à travestilidade e à transexualidade traduzida na negação de sua existência. Em oposição, a realidade dos transgêneros e da intersexualidade é aceita e amparada pelo governo! Bom começo!

Ainda em relação à capital Teerã, esta se impõe como metrópole moderna. Seus pontos turísticos são muitos e sempre grandiosos, incluindo palácios, museus e praças. Chama atenção o Golestan Palace, onde o último Xá costumava oferecer festas luxuosas; os palácios do Jardim Sa’ad Abad, um deles construído pela famosa Farah Diba; e a Torre Az?di ou Torre da Liberdade, símbolo da cidade, construída em 1971, quando das comemorações dos 2.500 anos do Império Persa. Além dos museus antes citados, ênfase para o Museu Arqueológico e, em suas proximidades, o pequeno, mas não menos maravilhoso, Museu da Cerâmica e do Vidro, conhecido como Abguineh Museum. 

Do ponto de vista de inovações tecnológicas, no Irã, não faltam computadores e smartphones. Liberada em hotéis “estrelados”, na nação como um todo, a internet está sujeita a uma série de sanções, a exemplo de filtros de conteúdo, domínio sobre os provedores, interceptação de certos serviços e de certos sites, ataques cibernéticos e até prisão de blogueiros ou internautas. Ademais, sem álcool e com muito fumo, Teerã enfrenta problemas de qualquer cidade grande, a exemplo do trânsito caótico, que lembra o das cidades indianas, embora em suas avenidas largas, vacas, porcos e rickshaws não se misturem à infinidade de motos, carros e ônibus. 

FINALIZANDO PARA RECOMEÇAR A IMAGINAR O IRÃ DE AMANHÃ

Por fim, é o momento de reverenciar esta gente, a quem nós, ocidentais, devemos conhecimentos de diferentes naturezas – literatura, matemática, filosofia – consolidados por milênios desde a.C. –, quando da grandiosidade do Império Persa e de sua poderosa intervenção e participação na famosa Rota da Seda! Portanto, vamos embora pra Pasárgada! Eis a melhor fórmula de imaginar e vivenciar o Irã de amanhã.



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MARIA DAS GRAÇAS TARGINO

Vivo em Teresina, mas nasci em João Pessoa num dia que se faz longínquo: 20 de abril de 1948. Bibliotecária, docente, pesquisadora, jornalista, tenho muitas e muitas paixões: ler, escrever, ministrar aulas, fazer tapeçaria, caminhar e viajar. Caminhar e viajar me dão a dimensão de que não se pode parar enquanto ainda há vida! Mas há outras paixões: meus filhos, meus netos, meus poucos mas verdadeiros amigos. Ao longo da vida, fui feliz e infeliz. Sorri e chorei. Mas, sobretudo, vivi. Afinal, estou sempre lendo ou escrevendo alguma coisa. São nas palavras que escrevo que encontro a coragem para enfrentar as minhas inquietudes e os meus sonhos...Meus dois últimos livros de crônica: “Palavra de honra: palavra de graça”; “Ideias em retalhos: sem rodeios nem atalhos.”